sábado, 11 de fevereiro de 2012

Estrada Real - Caminho do Ouro (Caminho velho)

Dia #7 - Ouro Preto (sem pedal hoje)

Igreja - Ouro Preto

 Ouro Preto

No início do dia estava pensando em seguir viagem, mas achei melhor dar um tempo para as pernas. A chuva fina que não parava também desanimava qualquer pedalada.
Passei o dia andando, batendo fotos pela cidade, organizando os backups das fotos e pesquisando melhor o trajeto do Caminho Velho.

Dia #8 - Ouro Preto - Congonhas (77kms)
Foi uma boa ter saído de Ouro Preto. Não parava de chover e a cidade ficava totalmente encoberta por uma névoa, dava uma certa depressão. Outra coisa que chamou bastante atenção na cidade foi a quantidade de usuários de crack.
Saí sentido Cachoeira Grande, estrada boa e com um sol surgindo no horizonte.

Igreja  em Santo Antônio do Leite

 A estrada é boa até Santo Antônio do Leite. Parei num bar para comer algo e conversei com um figura que dizia que o sonho dele era pegar a bike e sair viajando o mundo.

Santo Antônio do Leite
 
Indo para Miguel Burnier
Deixando Miguel Burnier

 Ferrovia

Em Miguel Burnier parei pra comer algo num boteco. A vila é muito pequena, lembrei de uma cidade em SC que morei.. Modelo.
O caminho até Lobo Leite é tranquilo, me perdi um pouco na entrada da ER para Congonhas.. ninguém parecia conhecer o trajeto,. No inicio teve uma longa subida que desencanei de pedalar e fui empurrando. De longe eu via a chuva passando pelo vale, e dei um tempo em cima da montanha, esperando a chuva passar.

 Lobo Leite - ER
Em Congonhas fiquei num hotel cheio de mineradores e sem banheiro no quarto. A fila pra usar o banheiro era grande e o estado do banheiro era aquela coisa.
Como cheguei cedo na cidade, saí para fotografar a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.
A noite fui em outra igreja para fotografar. O Catolicismo é grande aqui.

 Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos


Sala dos milagres

Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos

Apóstolo
Apóstolo e a cidade de Congonhas


Dia #9 - Congonhas - Lagoa Dourada (80kms)
Tava pensando em ir até Casa Grande hoje, mas mudei de ideia no caminho.
O caminho até Pequeri é legal, sem muitos problemas. Em Pequeri não encontrei nenhum lugar para comer.
Depois o trecho / trilha até São Bras do Suaçuí foi difícil. Ia passando pelas fazendas da região. Logo no início da trilha peguei um barro muito deslizante.. não deu outra: caí o primeiro tombo da viagem. Cortei um pouco a perna, mas nada demais. Segui pela trilha e me perdi numa bifurcação e levei um tempo até pegar o caminho certo.

Saindo de Pequeri

Atravessando o rio


 Pra completar estava brigando via SMS com minha namorada. Parei em São Bras do Suaçuí, liguei pra ela e nos entendemos.
Conversando com o cara da padaria, resolvi seguir direto para Lagoa Dourada hoje.. ia dar muita volta indo para Casa Grande.

 ER - São Bras do Suaçuí

Segui pela ER até Entre Rios de Minas. O sol apertou muito e fiquei sem água. Tive que bater na fazenda do Seu Manoel pra pegar um pouco de água. O Seu Manoel foi mto gente boa, "aqui a gente não regula água!" e me contou algumas histórias da região  Chegando em Entre Rios de Minas encontrei dois ciclistas que estavam treinando. Ai que me dei conta de quanto peso eu estava levando.. mais o cansaço de não ter descansado legal. Creio que para percorrer de forma mais tranquila e não tão exaustiva a ER é legal dar, pelo menos, um dia de descanso a cada 3 ou 4 dias..
Foi legal ter falado com os ciclistas, que me deram umas dicas do trajeto até Lagoa Dourada.
O trecho não tem acostamento, mas é tranquilo até.
Chegando em Lagoa Dourada ia entrar de novo na estrada de terra, até que encontrei um tiozinho que disse que provavelmente seria impossível atravessar um rio adiante, já que com as chuvas ele estava transbordando e não tinha pinguela.

Chegando em Lagoa Dourada




Igreja - Lagoa Dourada


 Fui conferir e realmente era muito difícil, resolvi voltar e pra minha surpresa tinham passado o cadeado numa porteira.. justo quando começou a chover muito.
No meio da chuva, tive que desmontar todos os alforges da bike e passar por cima do portão. Fiquei até tentado a cortar os arames com um alicate... mas resolvi fazer a coisa certa.
Em Lagoa Dourada - a capital do rocambole - fiquei no Hotel Gloria, fiz todo o ritual de limpeza, sai para bater umas fotos a noite e capotei depois.

Dia #10 Lagoa Dourada - Tiradentes (47kms)
Achava que seria um dia fácil, mas foi muito cansativo.
Logo que estava saindo de Lagoa Dourada, meu pai manda um SMS dizendo pra ter cuidado, porque tinha previsão de chuva forte na região.

Marco da ER - Lagoa Dourada


O trajeto foi dificil porque precisava descer da bike nas descidas, era tanto cascalho molhado que a bike ia deslizando sem muito controle..
Em Prados parei numa padoca pra comer. Uma coisa muito legal daqui de Minas é a comida, que é muito boa e barata (comparando com São Paulo).
O trajeto até "Bichinho" é muito de boa. Mas chegando em Bichinho começa o verdadeiro inferno: um calçamento que fazia a bike e eu tremer até o osso. Foi um trecho muito dificil, porque é muito ruim de pedalar naquele tipo de terreno.




 Calçamento maldito (Bichinho)

 Montanhas - Tiradentes

Tiradentes


Chegando em Tiradentes foi um trabalho encontrar uma pousada barata, mesmo assim acabei ficando na pousada mais cara de toda a viagem. E olha que a dona fez um desconto porque estava em reformas.
O resto do dia choveu muito, e acabei saindo só mais a noite. Conversando com o pessoal da cidade peguei dicas importantes sobre o trajeto de amanhã.



Dia #11 - Tiradentes - Carrancas (95kms)

A noite passada foi com muito calor e pernilongos.. o ventilador não estava funcionando. Pra completar a dona da pousada sumiu e fiquei sem café da manhã.
Segui pela ER, passando pelo primeiro marco da Estrada Real.. tem uma cachoeira muito legal ali. A única dificuldade foi a estrada de calçamento maldito...

Primeiro Marco da Estrada Real

 O trajeto depois de São João del Rey é bem legal, com uma vista e uma tranquilidade muito boa. Curti pedalar ali..
Chegando num pasto / potreiro duma fazenda, tive que descer da bike pra empurrar.. tinha muita lama no chão. Depois qundo fui tentar pedalar vi que a lama tinha secado e estava travando a roda, junto com capim.... perdi um bom tempo pra tirar o barro seco e o mato das rodas e câmbio. Sorte que teve um rio sem ponte para atravessar depois, e deu para retirar melhor a lama.
No caminho encontrei um pessoal de moto fazendo trilhas, que nem sabia que estava na estrada real. Creio que boa parte da população das cidades não sabe da ER.
O trajeto até São Sebastião da Vitória é dificil por causa do cascalho solto e da lama das fazendas, mas é muito bonito e tranquilo.

 Nas fazendas..

 Caminho para Caquende

  Caminho para Caquende #2

Em São Sebastiãio da Vitória almocei e segui para Caquende. O visual é impressionante..
Chegando em Caquende parei num buteco pra sair da chuva, conversando com os bêbados locais fiquei sabendo que só tinha pousada em Capela do Saco, que ficava do outro lado da represa.
Fui pegar a balsa e em pouco tempo estava em Capela do Saco. Como era cedo ainda, resolvi seguir pedalando até Carrancas...
No meio do caminho precisei lubrificar a corrente da bike, que está sofrendo muito na Estrada Real.

Serra de Carrancas


O trajeto foi muito legal, sem muitas subidas... só lá longe que eu via uma montanha gigante... não imagina que teria que subir ela. Cheguei no pé da Serra de Carrancas e tinha uma placa: somente 4x4.
Foi um dos momentos mais legais de toda a ER. Subir a serra, toda branca, com uma garoa fina caindo... o visual é impressionante, pena que fiquei com o cartão de memória cheio e não consegui bater muitas fotos. Mas com certeza foi um dos lugares mais marcantes da trip, eu diria que o ápice dela.
Em Carrancas a missa era transmitida nos alto-falantes da igreja quando cheguei. Tentei uns hotéis e pousadas, mas o pessoal estava na missa. Acabei ficando num hotel com um pessoal da rede globo, que estava gravando uma novela na cidade.
Lavei a bike e as coisas... depois começou uma chuva absurda.. que iria me acompanhar no dia seguinte.

Dia #12 - Carrancas - Caxambu (89kms)

Muita chuva neste dia. Sabia que a estrada estava ruim, várias pessoas tinham comentado. Me despedi do pessoal do hotel e segui rumo a Fazenda Traitúba.

Muita lama, saindo de Carrancas
 
O pedal de hoje não foi muito legal, eu diria burocrático até. Ficou chovendo o tempo todo e quase não consegui bater fotos. Outro fator foi a distância de pontos de apoio: não encontrei nenhuma venda ou bar até chegar em Cruzília, foram mais de 60 kms sem encontrar com quase ninguém no caminho. Achava que iria encontrar algo na região da Fazenda Traituba.. mas não encontrei. Minha sorte foi que tinha uma lata de atum no alforge, e deu pra dar uma segurada. Outra coisa que foi bom até foi a chuva, assim não precisei beber tanta água.. creio que este trajeto sem chuva deve ser muito quente. O ruim da chuva foi a quantidade de barro...

Fazenda Traituba


Chegando em Cruzilia parei no primeiro restaurante e fiz a festa..
Segui até Caxambu sem problemas. Parei na loja de bike Metal Bike e comprei uma corrente nova. O pessoal me indicou uma pousada no centro... Pousada Águas de Minas, dum figura que também pedalava. Fui até a pousada e o cara foi muito gente boa, ajudou com todo o suporte a limpeza da bike.
Saí para ver umas mapas na Internet e bater algumas fotos na cidade.
 
 Damódromo de Caxambu
Parque das Águas - Caxambu

Dia #13 Caxambu - Itanhandu (65kms)

Acordei com muita chuva caindo. Quando estava com a bike pronta para partir a chuva deu uma acalmada e consegui visitar o parque das águas da cidade.
Gostei bastante de visitar e fotografar o parque, vale a pena conhecer. Tem água com gás direto da bica...

Fonte Dom Pedro II

Fonte Princesa Isabel / Conde D'Eu

Segui para São Lourenço, onde parei para tomar mais um café. Gostei da cidade, assim como Caxambu.
Seguindo para Pouso Alto peguei bastante barro na ER. Também fui atacado por várias crianças, que agarravam a bike, tentando pegar algo e pedindo dinheiro. Consegui me livrar delas sem machucar ninguém. Fiquei de cara com a situação. Dois meninos vieram para cima de mim, tentando me alcançar de bike. Quando eu vi que estava longe da horda de crianças, parei e os de bike ficaram assustados e retornaram.
Tava sentindo um clima bem tenso ali, nunca tinha tido qualquer tipo de problema do gênero. Depois me perdi, na entrada pra uma ponte que parece que não existe mais. E um cachorro gigante veio pra cima de mim. Sorte que eu estava empurrando bike na lama, assim ele viu que eu não aparentava mto perigo e foi embora. Mas uns poucos kms a frente, em uma subida daquelas, veio uma matilha de cachorros pra cima... era mto dificil pedalar ali, não dava pra ser mais rápido que eles. Eles me cercaram e foram apavorando do meu lado por um bom tempo.. e eu cagado de medo de levar uma mordida. Em nenhum outro momento da viagem minha frequência cardiaca foi acima de 170bpm... mas naquele momento subiu a 178bpm.
Segui pedalando e sentindo um clima bem estranho ali. Pedi umas informações e as pessoas foram até rudes... achei muito estranho. Seria meu cheiro?
 ER - Pouso Alto
 Pouco tempo depois estava em Pouso Alto. Parei para comer e resolvi seguir direto para Itanhandu e não passar por Itamonte e economizar uns bons kms.
Chegando em Itanhandu fiquei num hotel bem antigo, o único que vi na cidade. Gostei do clima da cidade, com uma bela vista para a serra.

 Itanhandu - Calçadão

Trilhos

Vista para a Serra de Passa Quatro

Dia #14 Itanhandu - Guarantinguetá (86kms)

O caminho até Passa Quatro é bem tranquilo, e praticamente plano. Interessante foi ver as criações de frango na região.. dá pra ter ideia da dimensão da coisa.

Criação de frangos

Passa Quatro - ER



Em Passa Quatro tomei o segundo café da manhã e conheci um ciclista que estava planejando fazer a Estrada Real em breve, o seu Zé.
Para chegar até lá em cima da serra teve umas subidas muito íngremes, mas chegando lá o visual recompensa. Acabei conhecendo dois ciclistas de Cruzeiro..  Robson e o Betto. Lá em cima também é a divisa entre os estados de Minas e São Paulo.

Eu, Betto e Robson.


Divisa MG-SP

Divisa

Agora era só descer serra abaixo... Depois é praticamente plana toda a estrada até Guarantinguetá.
Quando cheguei em Guarantinguetá não encontrei nenhum lugar para almoçar. E como amanhã será mais de 100kms e duas serras eu precisava estar bem. Acabei indo pra um shopping maldito comer.
No mais, passei o dia descansando pras montanhas de amanhã.

Dia #15 Guarantinguetá - Paraty (115kms)
Este é o último dia da viagem. Estava bem apreensivo para subir as duas serras, sendo que estava bem cansado dos outros dias, mas estava muito feliz também.
A serra cansa, mas dá pra vencer com calma. Fui ultrapassado por dois ciclistas andando de speed.. deve ser legal morar por ali e poder subir a serra quando quiser.

Serra de Guaratinguetá


Chegando em Cunha almocei num posto de gasolina. Comi muito, o que me ajudou, pois não encontrei mais nenhum ponto para vender comida até Paraty.
Para subir a Serra do Mar eu estava com as pernas bem cansadas, sem torque eu diria. O sol abriu e começou a ficar muito quente, fiquei preocupado pois estava levando somente 2L de água.
Pedalava muito, sempre subindo... subindo. Chegou uma hora que precisava comer algo.. comi os doces que tinha comprado de presente para a namorada. No inicio queria comer somente uns.. mas acabei comendo tudo.
Encontrei uma cachoeira no caminho, fiquei um tempo ali e a água gelada deu uma aliviada no calor. Segui pedalando e achei interessante ver Araucárias por ali, tão próximas do mar (mas em cima da serra).

Subidas... sempre

Araucária


Cachoeira na Serra do Mar


Depois de muito pedalar cheguei a divisa de SP-RJ. Bateu uma felicidade grande, não tinha mais subidas pela frente.. somente um downhill absurdo em estrada de terra. A estrada é muito, mas muito ruim.

Divisa SP-RJ

Avistando Paraty


Ver o mar de lá de cima foi muito bom. Foi um dos momentos mais legais da trip.
Chegando em Paraty eu mandei SMSs para todo mundo, tava muito feliz por ter conseguido. Fui direto para a Praia do Pontal tomar um banho de mar. E pela segunda vez Paraty era meu destino final, a primeira vez foi em 2009, quando fiz SP-Paraty.. e agora, finalizando a Estrada Real.

Final da ER



Paraty

 Consegui comprar passagem para voltar no mesmo dia para São Paulo. Para transportar a bicicleta, a empresa Reunidas pede para embalar a bike. Comprei um plástico bolha e uma fita e essa foi a "embalagem". Outra coisa, mas que o motorista não solicitou, foi a nota fiscal da bike que o atendente disse que seria necessário.
Foi um exercício de superação completar a Estrada Real. No ínicio teve as subidas intermináveis, muito barro e a chuva. O Caminho dos Diamantes exige muito e seria melhor ter feito com pelo menos mais um ou dois dias para ficar nos lugares e conhecer melhor as cidades.. Mas o visual e o contato com as coisas faz tudo valer a pena. O lugar é realmente incrível. O Caminho Velho é mais traquilo, porém vale a pena ser feito com mais tempo, parando nas cidades e aproveitando as atrações de cada uma. Mas se não tiver esse tempo, vale a pena só pelo fato de percorrer a Estrada Real.
Ao total foram 15 dias e aproximadamente 1100kms entre Diamantina e Paraty, entre Novembro e Dezembro de 2011.

8 comentários:

  1. Parabéns, Victor! Essa viagem me pareceu osso duro, mas teve seus momentos felizes. Já estive duas vezes na Praia do Pontal de bike. Gosto de lá, é um lugar maravilhoso para encerrar uma ciclo-viagem.

    Ótimo relato e belas fotos. Me vi pedalando, como se fosse eu que estivesse enfrentando os cães, a molecada marota, a lama e todo o cansaço.

    Grande abraço

    Waldson (Antigão)

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    1. Valeu Antigão!
      Foi uma viagem muito legal.. e terminar em Paraty fecha com chave de Ouro!

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  2. Parabéns Victor. Estou estudando a possibilidade de fazer a Estrada Real, ainda este ano. Neste mesmo período que você fez a ER, eu fiz Porto Seguro ao Rio de Janeiro. Depois dê um saque nos relatos: www.brenonegreiros.blogspot.com
    Abraço - Breno

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    1. Manda bala Breno.. Vale a pena conhecer a ER!
      Parabens pelo Blog!
      Abração!

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  3. Fala Victor!

    Eu e um amigo estamos querendo se lançar na ER na semana seguinte... Você poderia passar seu e-mail pra trocarmos algumas infos sobre a ER? o meu: antonioselegato@gmail.com

    Abraços!

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  4. Blz Victor...gostei de mais dese trajeto q vc fez meu cara... eu ja fiz esse trajeto de carro e estou fazendo pesquisas para estar fazendo ele de bike, se possivel me manda algum material q vc tiver ai por e-mail ou pelo face,estou muito a fim de ir na ER caminho velo de bike e em breve vou estar contando o meu trajeto a voces!!
    e-mail: lucasdepaiva@bol.com.br

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  5. cara, q relato legal, q fotos incríveis. inspirador. parabéns & obrigado! :)

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  6. Victor, parabéns pela viagem! Amei!
    Você conhece alguma agência que faz esse passeio guiado?

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