quarta-feira, 9 de novembro de 2011

São Paulo - Jundiaí (via SP-332)

O pedal de hoje foi para conhecer a SP-332, a Rodovia Presidente Tancredo de Almeida Neves.

Los 2 amigos...


O trajeto foi via Serra da Cantareira e quando chegamos no final da Estrada da Roseira seguimos para Jundiaí.

 Mirante (Tucuruvi)

Serra da Cantareira

Antes de virar a Rodovia Tancredo Neves, a estrada é chamada de Av Leonor de Oliveira / Estrada do Governo (ou SP-023). Lembra bastante a Estrada do Rio Acima, pois vai beirando o mesmo rio. O trajeto é tranquilo e com um visual interessante.  O acostamento é ruim, mas como estão fazendo obras na rodovia, provavelmente vai ficar melhor (ou não).

SP-023

Cazati faceiro

 Chegando em Franco da Rocha pegamos a Sp-332. Estrada boa, com algumas subidas e um belo visual. 

Franco da Rocha

o lugar mais louco do pedal

Coisas que somente pedalando conseguimos ver

Encontramos um lugar que parecia um deserto (foto acima). Fica num lugar alto e com um visual bem diferente.. mas que em breve vai virar um condomínio fechado.

 Condomínio Fechado

Seguimos caminho pela SP-332 chegamos em Jundiaí. Pegamos o trem e voltamos para São Paulo.
Pedalamos ao total cerca de 90kms. 

 SP-332
Divisa Jundiaí - Franco Da Rocha

Jundiaí

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Rodoanel de bike - Trecho Sul

Fazia tempo que queria conhecer este trecho do Rodoanel. Na verdade eu nem imaginava o que era o "Rodoanel", era algo muito obscuro em minha mente.
O Rodoanel é uma das inúmeras obras inacabadas da cidade, é uma estrada que contornaria a cidade de São Paulo, fazendo mais ou menos um círculo. Seria uma boa alternativa pro pessoal evitar o trânsito, mas ainda não está concluída e já cobra pedágio.
Saí com o Cazati cedo de casa, e passamos pela região do Ipiranga para chegar até a Rodovia Anchieta, e de lá acessar o Rodoanel.

 Cazati e São Paulo
 Rod. Anchieta
 Entrada Do Rodoanel
Na Anchieta o pedal é tranquilo, porém tem que ficar atento com as entradas e saídas da rodovia.
Chegando no Rodoanel foi só alegria. O acostamento é muito bom e o visual é bem interessante. O único porém é que são 55kms até a Raposo Tavares (creio que uns 50 até a Régis) e não tem nenhum ponto de apoio para comprar mantimentos ou água, então é bom ir munido de casa.


Início Rodoanel
Cavalos
Represa Billings
Ponte sobre a Represa - placas de vento
Fizemos o trajeto com uma ótima velocidade média (pra gente...). O relevo é tranquilo, com algumas subidas e descidas, mas nada com um aclive muito acentuado. É um ótimo lugar para pedalar. O único porém são os poucos acessos que existem para entrar e sair do Rodoanel.
Rodoanel


Tempo
Para voltar pegamos a Raposo Tavares, mas não foi uma boa idéia.. o trânsito estava muito intenso, e como a Rodovia não tem acostamento o pedal vira aquele stress de sobrevivência.. resolvemos então sair da Raposo e ir pros lados do Butantã, aonde pedalar era bem mais agradável.
Creio que pegar a saída para a Régis deve ser bem mais interessante do que sair na Raposo.
O trajeto todo levou 110kms e percorremos em cerca de 5hs.




quarta-feira, 16 de março de 2011

São Paulo - São Tomé das Letras






SP- Camanducaia (145kms)

Sempre existe uma certa ansiedade antes de viajar e desta vez não foi diferente. O sono demora pra vir e vem leve... e quando você menos espera o despertador toca. Rola um momento que você pensa: vou continuar dormindo e desencano da trip... mas isso some e quando vc vê já está na estrada... 
Peguei muita chuva neste primeiro dia. O trecho até a Serra da Cantareira foi tranqüilo, já conhecia o percurso. Subir a serra foi o momento que mais cansei na trip inteira, com a bike carregada foi difícil chegar até lá em cima. A chuva e a neblina também apertaram neste momento, tive que ligar a sinalização da bike para ser visto. Mais informações sobre este trecho, neste link:  http://tripsdebike.blogspot.com/2010/11/sao-paulo-ate-jundiai-via-serra-da.html

Serra da Cantareira

O momento fisicamente mais cansativo da viagem tinha passado e agora vinha o mais difícil pisicologicamente: A Rodovia Fernão Dias congestionada no Sábado de Carnaval. 

 Fernão Dias parada

A bike ia mais rápido que os carros, que estavam parados, mas os motoristas fanfarrões vinham no acostamento. Tive que ficar muito ligeiro nisso, o pedal deixou de ser agradável e passou a ser um exercício de sobrevivência.. algumas centenas de carros passaram por mim pelo acostamento. Era um olho na pista e o outro no retrovisor. Um dos malditos acertou um bar end da bike e a bike foi pro chão, consegui ficar em pé mas fiquei muito puto... resolvi dar um tempo num posto, rever minha vida e comer um fandangos. 

 Em algum lugar da Fernão Dias

Pensei em ficar em Extrema-MG por hoje, que tinha um carnaval interessante, mas todas as pousadas da cidade estavam lotadas. A chuva apertou muito e esqueci de colocar uma capa no alforge do guidão... quando me liguei já era tarde demais.  
Fui pedalando até Itapeva.. que tinha somente pousadas ruins e caras. Acabei esticando o pedal até Camanducaia, aonde consegui uma pousada boa e barata, com um povo legal.  
Depois da trip pra Bahia, nunca mais tinha pedalado embaixo de tanta chuva. Só que diferente da Bahia, aqui não tem um grande sol depois da chuva: tem mais chuva e neblina. O resultado foi que mesmo com capas impermeáveis e roupas dentro de sacos plásticos, minha bagagem ficou encharcada. Como o tempo estava úmido demais, e acabou permanecendo assim todos os dias da trip, fui amaldiçoado com um agradável cheiro de cachorro molhado. 

Noite em Camanducaia

Fui ver um pouco do carnaval, tomar umas, comer e dar uso aos protetores auriculares durante a noite de sono.


Dia #2
Camanducaia – Três Corações (busão)
Três Corações – São Thomé das Letras (44kms)


Acordei pensando que iria pedalar hoje, mas depois que vi o tempo ruim lá fora não hesitei e fui pegar um busão até Três Corações. Hoje o pedal seria apenas na Fernão Dias, sem tempo pra mta coisa além de pedalar, pois seriam 170kms de terreno praticamente plano, acompanhado de muitos carros e caminhões. Preferi encurtar um dia de pedal pra poder curtir mais um dia em São Thomé das Letras.  
Primeiro peguei um ônibus até Pouso Alegre.. e em seguida outro para Três Corações. Não tive muitos problemas com o transporte da bike. Na verdade sempre tem uns motoristas que gostam de se sentir poderosos e ficam fazendo um terror, dizendo que precisa de nota fiscal da bike, capa ou qquer coisa do gênero.

 Estrada para São Thomé das Letras

Chegando em Três Corações fui pedalando sentido São Thomé. O pedal ficou muito mais legal, sem a nóia dos carros e com uma paisagem espetacular. Deu pra sacar muitas fotos. 
No Google Maps não tinha essa estrada mapeada, e eu tava meio cabreiro com as subidas... já que ia acima de 1400mts. Mas na real não tem nada de muito íngreme, da pra pedalar de boa.  Uma dica pra quem quer pedalar por ali é levar água e comida. Minha água acabou faltando uns 10kms e uma enorme subida, tive que bater numa casa pra pedir mais água.. e acabei ganhando um pão também..

São Thomé se aproximando...

Branco... 

Avistar a cidade lá em cima de uma montanha branca é algo impressionante. Os campos de milho e café também dão uma característica pro lugar. Vale muito a pena pedalar por ali. Garoava um pouco, mas nada demais.. somente o suficiente para não deixar secar minhas roupas.
Quando cheguei lá em cima o pneu dianteiro furou. Estava pedalando com outro magrão na subida final, que seguiu em frente para escapar da chuva. Vi que o furo não era muito grande, enchi o pneu pra poder pedalar mais um pouco e escapar de trocar o pneu na chuva. 
Pedalei pouca coisa a mais e encontrei a praça, aonde encontrei minha tia Marga, que havia alugado uma casa na cidade.   

Dia #3
São Thomé das Letras

São Tomé Das Letras


Aproveitei o dia pra conhecer a cidade e um pouco das pessoas. O tempo estava quase sempre chuvoso, mas as vezes abria e dava para circular pela cidade. Gostei bastante do local e tive bons momentos lá.. 
O astral da cidade me fez lembrar de El Bolson... Aqui lo mágico es natural.


Pirâmide 

Dia #4
O Regresso


Fizemos uma jornada de quase 12 horas para chegar até São Paulo. A bike não cabia no carro e tivemos que pegar três ônibus até Sampa. Deu tudo certo, só perdi um isolante térmico, porque minha cabeça tava em outro lugar.. mas até que foi divertido passar o dia com minha tia, de rodoviária em rodoviária.  

 Rodoviárias

Essa foi uma das viagens mais importantes que fiz, apesar de ter sido curta. Vi as coisas que eu realmente gosto de fazer enquanto pedalo, foi uma referência para futuros pedais.


Como a estrada de Três Corações até São Thomé não está no Google, fica somente o mapa do primeiro dia de pedal:



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Rota de bicicleta 857285 - powered by Bikemap 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ciclovia Rio Pinheiros - fotos e corpos



Faz algum tempo que não tenho pedalado fora de sp, mas tenho mantido uma regularidade nos treinos.
Um dos lugares que gosto de pedalar é na Ciclovia do Rio Pinheiros. Gosto de lá pelo cheiro agradável e por poder tomar um banho de rio no final do pedal...
Na real, lá é legal porque rola pedalar ouvindo som, na cidade nunca uso fones.. e sem a nóia constante em atropelar alguém ou ser atropelado. Também é interessante quando o vento é contra.. pois vento é algo raro em sp.. e sempre que você pedala contra o vento acaba ficando puto com ele porque não está acostumado, por mais fraco que seja o vento lá.. já é alguma coisa.
Neste mês fiz um sessão de fotografias na ciclovia e acabei encontrando um corpo boiando no rio.





Logo depois a polícia chegou... e não tinha muita coisa na net respeito. É a segunda vez que vejo alguém boiando enquanto pedalo na ciclovia... 

E a sessão de fotografias, sem o morto,  está neste link:



De DSLR agora... :)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Rota Marcia Prado 2010

Quem mora em São Paulo encontra dificuldades, além do condicionamento físico, para pedalar até o litoral: as Rodovias Imigrantes, Anchieta e Caminhos do Mar não permitem o tráfego de bicicletas. A Caminhos do Mar (antiga Estrada Velha de Santos) tem uns passeios, mas são todos monitorados e não são gratuitos. Esquemão tipo CVC.
Atualmente os ciclistas utilizam a Estrada de Manutenção da Imigrantes para descer até o litoral, mas de forma "clandestina", como diria o Cazati, pois o tráfego de bikes na Imigrantes é proibido pela Ecovias.
Assim poucos vão até o litoral de bike e não de carro, deixando de pagar um dos pedágios mais caros do país (R$ 18,50 atualmente).
Já desci a Estrada de Manutenção várias vezes, mas pela primeira vez de forma "legal" no dia 18/12/2010, o dia da Rota Marcia Prado. Não conhecia o caminho pelo Grajaú - seria uma novidade para mim neste aspecto.
Saí de casa cedo, às 6:40 e fui até o início da ciclovia do Rio Pinheiros. De lá fui até o Grajaú com uma turma. Pegamos alguns caminhos errados, mas no fim tudo deu certo.
Curti passar pela Ilha do Bororé, pegar as balsas e passar pelo caminho de terra. Nossa sorte foi que não havia chovido muito e não havia quase lama.
Na Manutenção, voluntários do CicloBR davam dicas e conselhos, assim como faziam um cadastro e check up das bikes dos participantes.
Vi algumas pessoas levarem alguns tombos engraçados, nada sério. O mais importante pra descer a Manutenção é ir bem devagar e evitar o limo (que é constante), um tombo numa velocidade maior pode ser complicado. Outra coisa pra ficar esperto nos dias de sol são os lagartos, que as vezes passam correndo na frente da bike.
Para mim a novidade foi em Cubatão, nunca havia passado de bike por dentro da cidade.. sempre ia pelo lado do Rio Pilões, saindo em sequencia na Anchieta. O pessoal que estava comigo tava muito assustado de passar por ali, com medo de assalto, mesmo em uns 15 ciclistas. Paranóias da cidade grande. Achei interessante o caminho: deu pra passar no meio daquele monte de indústrias que ficam 24hs/dia poluindo sem parar...
Fui pedalando tranquilo com um pessoal de São Bernardo e peguei em Santos o ônibus das 13:45 pro terminal do Jabaquara. Voltei com um figura que pedala de speed e tava se aventurando pela primeira vez na manutenção.
Descer pro litoral é sempre uma boa. Mesmo sem muito tempo para curtir o percurso e depois tomar umas na praia (tinha que estar sóbrio em Sampa às 16hs), foi importante comparecer no evento, pois é um passo para que oficializem o trajeto como rota de bike para o litoral.
Parabéns pro pessoal do CicloBR, acho que essas iniciativas são fundamentais pra que um dia liberem o caminho até o litoral, seja via Manutenção ou Estrada Velha, sem taxas... exercendo nosso direito de ir e vir.